terça-feira, 8 de março de 2011

Considerações práticas sobre a informatização na pequena e média empresa – Parte 3

Considerações práticas sobre a informatização na pequena e média empresa – Parte 3

Nos artigos anteriores, analisamos a questão do investimento em hardware por parte do pequeno e médio empresário.

Chegamos a conclusão de que :

  • A amortização do investimento em hardware deve ser levado em consideração ao se definir o custo dos produtos e serviços, tendo em vista principalmente que o valor residual de mercado destes ativos após 3 ou 4 anos da data de aquisição é muito baixo.
  • O custo relativo do hardware apresenta uma tendência de queda ao longo dos anos.
  • O custo da mão de obra no Brasil apresenta tendência de alta ao longo dos anos.
  • Estudos mostram que empresas que mais investem em informatização apresentam taxas de crescimento maiores do que empresas que menos investem.

Neste artigo abordaremos a questão do investimento em “software”, ou seja do investimento em sistemas por parte do pequeno e médio empresário.

Antes de mais nada, é preciso lembrar que um computador funcionalmente é composto de hardware e software.

O hardware é a parte material e física do computador, já o software é “alma” do computador, para o leigo é algo invisivel e impalpável, na realidade é um conjunto de instruções responsável por coordenar o funcionamento das diversas partes física do computador na prática fazendo com que o computador realmente possa funcionar e ser útil ao ser humano.

Na prática podemos dizer que existem basicamente dois tipos de software instalado nos computadores, o primeiro é denominado sistema operacional (SO) e o segundo são os aplicativos.

Podemos definir o SO como abaixo :

“É um programa ou um conjunto de programas cuja função é gerenciar os recursos do sistema
(definir qual programa recebe atenção do processador, gerenciar memória, criar um sistema de arquivos, etc.), além de fornecer uma interface entre o computador e o usuário.
É o primeiro programa que a máquina executa no momento em que é ligada (num processo chamado de bootstrapping) e, a partir de então, não deixa de funcionar até que o computador seja desligado.
O sistema operacional reveza sua execução com a de outros programas, como se estivesse vigiando, controlando e orquestrando todo o processo computacional.”
(fonte wikipédia).

São exemplos de sistemas operacionais o Windows (XP,Vista,7) e o Linux, Mac OS X, além de muitos outros.

Na tabela 1 abaixo pode se ter uma idéia da participação dos diferentes tipos de sistemas operacionais usados nos microcomputadores em janeiro de 2011.


2011Win7VistaWin2003WinXPW2000LinuxMac
Janeiro31.1%8.6%1.0% 45.3%0.2%5.0%7.8%



Como pode ser observado, os sistemas operacionais da Microsoft dominam o mercado, seguidos pelo sistema operacional do Mac e do Linux.

Para o pequeno e médio empresário, uma das diferenças a ser observado entre estes sistema operacionais, reside no fato de o Linux ser “open-source” ou seja gratuito.

Assim sendo pelo menos teóricamente, a diferença de custo entre um mesmo microcomputador que venha de fábrica instalado com um sistema oepracional da Microsoft e um que tenha uma versão de Linux instalada deve ser exclusivamente do custo do sistema operacional da Microsoft.

Já os aplicativos são programas que podem ser definidos como abaixo :

“É um programa de computador que tem por objetivo o desempenho de tarefas práticas, em geral ligadas ao processamento de dados, como o trabalho em escritório ou empresarial. Tem como foco o usuário.”
(fonte wikipédia).

Em termos práticos como regra geral, o que torna um computador realmente útil para o pequeno e médio empresário são os aplicativos.

O que realmente importa ao pequeno e médio empresário é conseguir um aplicativo que incremente a produtividade de seu negócio.

Com relação a escolha entre o uso de diferentes sistemas operacionais, o problema na prática, é que o número de aplicativos e de empresas que desenvolvem aplicações para Linux é muito menor do que os que desenvolvem aplicações para os sistemas operacionais da Microsoft.

No geral então, o que acontece com o pequeno e médio empresário que procurar reduzir o seu custo adquirindo microcomputadores sistema operacional Linux, é que ele provavelmente vai ter maior dificuldade para encontrar desenvolvedores de aplicativos.

Esta é a regra geral, atualmente existem determinados tipos de aplicativos que possuem razoavel número de desenvolvedores para a plataforma Linux.

Na prática existem basicamente 2 tipos de aplicativos, o primeiro é o aplicativo de prateleira e o segundo é o aplicativo customizado.

Aplicativos de prateleira são aplicativos de uso geral, voltados a informatizar determinados tipos de processos, já os aplicativos customizados são aqueles desenvolvidos para um cliente em particular a partir da análise do funcionamento dos processos específicos do cliente.

Existem centenas de aplicativos de prateleira voltados a a áreas como :

  • Sistemas de contas a pagar
  • Sistemas de contas a receber
  • Sistemas de controle de estoque
  • Sistemas de vendas
  • etc..

Um dos argumentos para a adoção de aplicativos de prateleira é a de que eles seriam mais baratos pois como o desenvolvedor vende a mesma solução para centenas ou milhares de usuários, ele pode diluir os custos de desenvolvimento entre estas centas ou milhares de clientes potenciais.
Outro argumento é que o aplicativo já vem pronto para uso, o cliente não precisa esperar o tempo de desenvolvimento do aplicativo para poder instalá-lo em sua empresa.

Na realidade porém existem softwares de prateleira tem uma série de desvantagens se comparados com softwares customizados, ou seja especialmente desenvolvidos para um determinado cliente.

A seguir segue uma adaptação do artigo “vantagens do software customizado sobre software de prateleira” ( “Advantages of Custom Software Over Packaged Software” de Raoul Saldi) - http://ezinearticles.com/?Advantages-of-Custom-Software-Over-Packaged-Software&id=1039975



Sistemas CustomizadosSistemas de prateleira
Soluções de software personalizadas permitem desenvolver soluções de software com base na análise dos processos de negócios específicos de sua empresa, ao invés de sua empresa ter que mudar seus processos de negócio para se ajustar a forma como o "pacote de software de prateleira trabalha". Você pode ter que adaptar as suas práticas práticas de negócio para atender às exigências do pacote, de modo que atendam à sua empresa.

No aplicativo customizado, você define exatamente quais processos e como devem funcionar os processos que voce deseja sejam informatizados.Você pode acabar pagando por recursos e funções que você realmente não precisa, ou que não são aplicáveis à forma como sua empresa opera.
O que pode impedir a utilização eficaz do software em seu negócio.
O treinamento no uso do sistema tem uma abordagem prática, pois no sistema somente existem funções voltadas ao seu negócio. O treinamento é mais complexo, pois as funções e rotinas são de uso geral e muitas vezes exigem uma adaptação para se adequarem a forma de operação de sua empresa ou então simplesmente não se aplicam a forma como sua empresa trabalha.
Em ambiente multiusuários, normalmente não há aumento dos custos em função do número de usários do sistema.Normalmente os softwares de prateleira tem seus custos atrelados ao número de usuários do sistema.Se você adquire uma versão para 10 usuários, e no futuro precisa que mais usuários utilizem o sistema vai ter que pagar para que o sistema possa ser usado pelos novos usuários.
Sistemas customizados possuem apenas as funções e rotinas necessárias para o desenvolvimento das atividades específicas do cliente.Sistema de prateleira por precisarem atingir um grande público alvo, poder conter inúmeras funções e rotinas que não tem utilidade prática para uma determinada empresa.





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