segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Considerações  práticas sobre a informatização na pequena e média empresa – Parte 1

Esta é a primeira de uma série de artigos onde procuraremos discutir vários aspectos práticos da informatização na pequena e média empresa.

Segundo pesquisa recente do Sebrae, de cada 100 micro e pequenas empresas abertas no estado de São Paulo, 27 delas não conseguem completar um ano de atividade.

Para os que sobrevivem esta primeira fase, existe toda uma série de desafios a serem vencidos, para que a pequena e média empresa consiga além de apenas sobreviver, crescer e prosperar, aumentando o volume de seu faturamento, gerando novos empregos e garantindo níveis adequados de lucros aos seus proprietários.

Um destes desafios é como investir na informatização de seu negócio.

Todos sabemos que vivemos em um mundo globalizado, a Internet, a telefonia móvel geram um mundo de oportunidades e ao mesmo tempo de ameaças, para todos os ramos de negócio.

Os investimentos em informatização podem ser básicamente canalizados para :

1.      Aquisições de Hardware (equipamentos em geral, micros,impressoras etc..)
2.      Aquisição de Softwares (programas de computador)

O Hardware (equipamentos de informática em geral) , evoluem muito rapidamente, a sua aquisição esta cada vez mais fácil de ser feita, impulsionado por uma série de fatores tais como

1.      Custos de menores custos, pois o governo nos últimos anos tem reduzido alguns impostos para fabricantes nacionais.
2.      Facilidades de aquisição, pois os mesmos conseguem atualmente serem facilmente financiados (ainda que nem sempre a taxas de juros civilizados)

No que diz respeito a aquisição de hardware, é muito, mas muito importante mesmo, o empreendedor lembrar que diferente de outros invesimentos em ativos, o valor de mercado de todo hardware passados três a quatro anos vai ser muito baixo, as vezes ele nem mesmo existe, pois simplemente ninguém quer o equipamento, é aquela situação em que a empresa tem que pagar para se ver livre do hardware obsoleto que agora só ocupa espaço.

Os equipamentos de informática evoluem de forma extremanente rápida, e ao ser lançado qualquer modelo novo de um computador ou impressora, os modelos anteriores costuman perder sua aceitação no mercado.

Diferentemente por exemplo de um automóvel, pouco adianta o hardware estar em bom estado, ter sido pouco usado etc.., etc.., estes argumentos não agregam valor a estes tipos de ativos quando novos modelos são lançados.

Conclusão, o custo do investimento em hardware deve ser recuperado no prazo destes 3 ou 4 anos, caso contrário ele afetará de maneira negativa o lucro da empresa.

Na prática também, o período 3 ou 4 anos costuma ser um prazo razoavel para a reposição do parque de equipamentos instalados.

Neste período nova geração de hardware deve ter entrado no mercado.
Na prática a cada nova geração de hardware lançada, costuma haver a descontinuidade do abastecimento de peças de reposição para a geração de hardware passada, o que torna a manuteção dos equipamentos velhos mais difícil, mais cara e menos confiável de ser realizada.

Algúem poderia argumentar que ao invés de efetuar a aquisição de hardware, seria então melhor fazer uma operação de leasing.

Na verdade as operações de aquisição e de leasing, basicamente se equivalem, pois os bancos embutem todo o custo da rápida obsolescência do equipamento pois sabem que o valor residual do mesmo será muito baixo.

Como se costuma em linguagem popular é trocar 6 por meia dúzia.

Eventualmente, em função do ponto de vista de geração de fluxo de caixa de determinado negócio ou ramo de atividade, uma operação de leasing pode ser melhor, ou eventualmente até a única alternativa para viablizar o investimento em hardware.

O fato é que o pequeno e médio empreendedor deve sempre ter em mente que os valores investidos em hardware, deve ser recuperado pelas vendas de sua empresa no prazo de 3 a 4 anos.

É evidente, que se um equipamento com mais de 3 ou 4 anos de idade ainda está funcionando, não há nada que force uma empresa a trocar o mesmo.

Na verdade tanto faz eu abrir uma planilha eletrônica em um monitor do tipo CRT (Catode ray tube), que pesa cinco ou sete quilos, com um grande tubo de vidro em sua parte traseira,  ou então usar um monitor LCD (Liquid cristal display) , ou então um novíssimo monitor de LED ( Light emitting diode), sem dúvida a planilha será a mesma.

Convenhamos porém, que se os seus clientes virem que sua empresa ainda utiliza monitores com tecnologia CRT em plena era de monitores com tecnologia de LED, este fato não será fator de melhoria da imagem de sua empresa.

Com relação aos funcionários, temos que em um mercado de trabalho competitivo, trabalhar com equipamentos defasados tecnologicamente também não é motivação.

Vamos encerrando este nossa artigo por aqui, retomaremos ao assunto em nosso próximo post.

Um abraço